O dia que houver uma epidemia zumbi – [Parte 5]

Imagine-se em um belo dia de verão. Ao acordar, se olha no espelho e grita: “Ai Meu Deus! Virei o Marcelo Tas!” E como se não bastasse, você é o único humano do planeta, pois todo o resto foi devastado. Todo mundo é zumbi agora. E você quer sobreviver.

E agora?

Olha isso!

Vantagens e desvantagens de ser o Marcelo Tas em um ataque zumbi.

 

 

Vantagens:

– Você tem um superpoder: é um grande comunicador. Use contra os zumbis, quem sabe você conquista a simpatia deles?

– Se a coisa ficar complicada, você pode usar o telefone do TeleKid e descolar, em uma outra tela flutuante, algo para se defender.

– Você nasceu em Ituverava. Ou seja, de fim do mundo você entende.

– Seus 3 anos de vida militar te deram bons conhecimentos gerais. Use-os a seu favor.

– Você já ganhou um monte de troféus. Eles serão bem úteis agora: use-os para atingir os malditos zumbis.

– Você conhece muitas pessoas. Talvez, eles na forma de zumbi, fiquem a seu lado e te ajudem.

– Você já está acostumado a viver meio sozinho, triste. Não é, Marcelo Tristão?

Desvantagens:


 

 

– Um dos zumbis virá com uma voracidade indescritível pra cima de você. Dica: é deputado, e dizem que é corrupto. Mas não sabemos se isso é verdade.

– Twitter, Blog, Youtube e CQC são coisas do passado, meu caro.

– ‘Custe o que custar’ virou seu lema para sobreviver.

– Você é careca. Zumbis adoram carecas. Afinal, ninguém gosta de encontrar cabelo na comida.

– Não tem mais a hora dooooooooooooooooooooooooooooooooo Top Five da TV brasileira.

– Você tem mais de um milhão de seguidores. Agora no pior sentido da coisa.

– Você é o Prof. Tibúrcio, certo? Alguns dos zumbis tinham medo de você quando eram crianças. Eles farão de tudo para se vingar agora.

Não se esqueça. Seu Top Five agora é: Sobreviver, não morrer, ficar vivo, permanecer humano e não ser mordido por um zumbi.

Ilustração: Patrícia Oliveira / (@heypatty)

Texto: Eu mesmo

O dia que errei o carnaval.

 

1ª série. 7 anos. Poderia ter sido um dia normal na escola. E foi. Isso é que é o pior.

Um dia antes do “episódio”, todos os alunos do meu ano receberam um recado, onde estava a data e todas as “coordenadas” da festinha de carnaval da escola.

Recebido o papel, correu à boca pequena que a festa seria no dia seguinte. Pra que ler o recado quando se pode confiar nas discussões em pauta?

Minhas aulas eram à tarde. Então, na manhã seguinte, lá estava eu, com a ajuda de mamãe, toda poliana me arrumando para a festinha de carnaval que, na minha fértil imaginação, ia “bombar”.

A hora chegou. Saia longa de tule com detalhes coloridos e metálicos? Check. Top laranja com babados combinando com a saia? Check. Possivelmente um batonzinho, algum detalhe no cabelo e uma Melissinha? Possivelmente check (“possivelmente” porque né, a memória falha às vezes). …, o carnaval da escola prometia.

E continuou prometendo. Cheguei de “baianinha ‘hippie-chic'” onde só tinha gente de uniforme. E como se não bastasse, ao chegar à sala de aula, na frente daquele monte de interrogações olhando pra mim, eu disse: “…. Eu acho que errei o dia.”

Sim, errei o dia. Risos, risos, risos.

Mas até que me saí bem. Me zoaram até a morte, ou melhor, até o fim do dia? Sim. Fiquei tímida? Com toda a certeza. Mas liguei nossa querida e estimada tecla F e fui bem feliz. E depois acabei curtindo o dia certo do Carnaval, que por sinal “bombou”.

Moral da história? Esteja sempre “certo disso” e evite errar o dia da festa à fantasia. Ah, sim, e sempre que possível tente tirar de letra essas situações cômicas da vida. 🙂

 

 

Texto: Erika Lima

Ilustração: Taisa Lira

O dia que houver uma epidemia zumbi – [Parte 4]

Imagine  você, em um mundo devastado por mortos-vivos fedorentos, babões, famintos e doidos por um cérebro fresquinho.

Você está sozinho. Mas você sabe lutar, você é querido, você é um MITO.

Você é: CHUCK NORRIS!

Vantagens e desvantagens de ser Chuck Norris em uma epidemia zumbi.

Vantagens

– Você é Chuck Norris.

Desvantagens

– Desvantagem? Só para os bilhões de zumbis.

O dia que entrei pra faculdade.

Era começo de fevereiro. Um calor desgraçado e lá estava eu, feliz da vida porque estava indo para  meu primeiro dia de aula na Universidade. Ou, para a grande maioria: facul. Ou até mesmo ‘facool’, para aqueles descoladinhos.

Fui animado pra facool, queria entrar nesse universo  mágico e colocar no MSN: “fui pra facool.” E foi o que fiz.

Chegando lá, vejo um monte de gente me esperando na porta. Eu era famoso e não sabia? Vieram com um papo estranho, mas não liguei. Entrei na sala indicada para ter minha primeira aula! Estava animado pra cacete.

O Coordenador do curso começou a falar de como seriam os 4 anos, das matérias, do que já havia acontecido, quem foram os alunos destaques, bla, bla, bla.

Confesso que, se não fosse pela animação de entrar na facool, teria ido embora, porque o papo estava chato.

Fomos conhecer o Campus, e mais uma vez vi o grupinho chamando a nós, de bichos. Como assim? Não somos animais, nem nada disso. Sou estudante e quero ser tratado como tal. E o Coordenador nada dizia para impedir tais agressões verbais. E mais! Ainda disse pra galera para eles esperarem que nós conhecêssemos a Universidade, para que depois eles fizessem a brincadeira. Pera aí! Que brincadeira é essa? Não queria brincar do que quer que fosse, com pessoas que me chamam de animal, e que acham que meu cabelo merece ser raspado.

Conhecemos o Campus por completo, e na saída, lá estava aquela galera novamente. São uns desocupados, pelo jeito. Continuaram a nos chamar de bichos. Enfim, passadas as burocracias com o Coordenador, fomos liberados para a brincadeira. Decidi que iria encará-los, e fui. Com algum receio, mas fui.

Me apresentei, mas um deles me disse: “Prazer, Rafael, mas hoje você só vai ser chamado de ‘bixo’. Bem-vindo ao seu trote.” Opa! Depois de tudo, descobri que a brincadeira era o famoso e temido trote. Vieram coisas terríveis a minha cabeça, de todas as mortes que vi por conta de trotes violentos, de pessoas que ficaram em coma de tanto que beberam no rito de passagem universitário.

Conosco, nada disso aconteceu. Quase fizeram um bolo na cabeça de uma das garotas. Foi farinha, ovo, chocolate e sal. Se colocassem fermento, em 40 minutos teríamos uma sobremesa.

No fim das contas, nos divertimos bastante. Apesar de todos parecerem uma obra abstrata, com tintas, cabelo raspado e cheiro de ovo, foi um dia divertido para entrar na história daqueles 20 e tantos estudantes recém-chegados na universidade.

Passados alguns anos, ainda lembro desse dia como se fosse ontem. E não me arrependo, faria tudo de novo. Percebi que encarar o trote foi uma escolha importante. Encarei de frente, e só tive bons resultados. Amizades feitas e diversão pelo resto do ano. Além de ter o direito de descontar tudo nos ‘bixos’ dos três anos seguintes.

Uma dica, veja a faculdade como um elevador: você escolhe se ela vai te ajudar a subir, descer ou permanecer estagnado na carreira. Os amigos que você faz no trote poderão ser os ascensoristas que te ajudarão mais tarde. A escolha é sua. A escolha é SEMPRE sua. Exceto durante os trotes. Aí quem manda são os veteranos e você não apita nada. A menos que eles lhe deem um apito.

O dia que o Brasil ficou sem futebol.

 

É uma verdade totalmente aceita que o Brasil é o país do futebol. Todo mundo tem acesso ao jogo, mesmo que a ‘bola’ seja feita de meias, latinhas ou folhas de papel. Claro que, em alguns outros países o futebol não deve ser tão popular assim. Além da bola de futebol, é preciso que tenhamos jogadores.

Imagine que ninguém soubesse da existência do futebol por aqui. O que seria dos jogadores, sem a fama do jogo popular?

Pois bem, aqui vai minha sugestão:

 

– Roberto Dinamite poderia ter uma demolidora;

– Sócrates poderia ficar como Doutor;

– Romário seria da máfia;

– O famoso Ademir teria uma agência de turismo: Ademir, o Guia;

– Ronaldo seria blogueiro;

– Kaká seguiria sua vida como pastor;

– Pelé teria se tornado General no exército;

– Felipe Melo finalmente entraria para o UFC;

– Leônidas da Silva seria o maior vendedor de bicicletas, junto com Robinho;

– Rivelino, o maior produtor de elásticos;

– O Felipão faria cosplay de Leôncio do Pica-Pau;

– Biro Biro faria dupla sertaneja com o cantor Ovelha;

– Vanderlei Luxemburgo seria fiscal. ‘Tá sherto?’;

– Maikon Leite faria queijos-brancos, margarinas e derivados;

– Vicente Matheus seria poeta;

– P.C. Carpeggiani teria uma casa de massas;

– Zagallo seria um remédio;

– Val Baiano seria um… um… enfim;

– Nei Paraíba se dedicaria totalmente à carreira de modelo;

– Galvão Bueno trabalharia como locutor, no Metrô. (não é jogador, mas é um ícone!)

 

Será que daria certo?